A Desequilibrada Face de Sônia – Por Maria Luísa Rodrigues
Mostra de Espetáculos de Formação do Curso de Produção Cênica.
Montagem teatral: "A
Monstruosa Face da Morte"
Maria Luísa Rodrigues[1]
Gritos, luzes vermelhas e mais gritos. Emoções que transbordam, sentimentos à flor da pele. "A Monstruosa Face da Morte" parece um delírio, mas não um qualquer. Um delírio que Sônia quis compartilhar com o espectador.
Era fácil se perder ao longo da narrativa. Afinal, quem poderia ser Sônia? Por que ela seria tão malvista? Tudo seria desvendado em minutos.
A doce melodia do piano contrastava com a agressividade das vozes e dos ruídos. Cada ruído, aliás, parecia significar algo. Não para nós, mas para Sônia.
De pouco em pouco, a personagem "com desequilíbrio mental" revelava cada vez mais suas camadas, sua vulnerabilidade. Incompreendida, julgada, traída. Seus lapsos de memória foram fazendo mais sentido.
Se ainda tivesse chances de (sobre)viver, quem Sônia poderia ter sido? Será que alguém teria a escutado? Essa parte é impossível de saber.
Enquanto espectadora, pensei um milhão de coisas e senti algo que poderia ser definido entre o choque de realidade e o amargor do entendimento. A turbulência de descobrir uma verdadeira face.
17 de outubro de 2024.
[1] Graduanda de Licenciatura em
Teatro/UFPA
Ficha Técnica:
Mostra de Espetáculos de Formação do Curso de Produção Cênica.
Elenco:
Bianca Brabo
Sonoplastia:
Ádria Catarina
Assistente de Sonoplastia:
Mac Silva
Iluminação:
Beatriz Melo
Cenografia:
Luana Mayara e Paulo Santana
Figurino:
Bianca Brabo de Leão
Fotografia:
Felipe Thuan
Design Gráfico:
Vitor Martins
Assistentes de Produção:
Fabrício Malcher e Jam Sancas
Social Mídia:
Luana Mayara
Direção:
Luana Mayara