Ato de Mayara Ataíde – Por Maria Luísa Rodrigues

05/09/2024

Montagem Teatral: "Pegadas de um Ilhéu"

Montagem: GITA – Grupo de Investigação do Treinamento do Atuante.

Maria Luísa Rodrigues[1]

Prezada Mayara,

Primeiramente, devo dizer que me sinto honrada ao saber que conheci um pouco do seu trabalho! Em trinta minutos, fostes gigante em performance e em toda a construção do espetáculo. Espero poder ver mais do seu talento algum dia.

As águas de sua peça me lembraram um trecho de "Dejà-Vu Frenesi", da cantora Letrux. "Todo corpo tem água".

Nós somos água. Mudamos, sentimos. Da calma de um rio até a turbulência de uma correnteza. "Pegadas de um Ilhéu" retratou a inconstância com fidelidade.

Eu, uma garota que cresceu na capital, pude entender como é estar em Outeiro. Mais do que isso, pude imaginar os desafios de ser mulher naquelas circunstâncias.

Você, tão nova, lidando com responsabilidades. Observando as mulheres de sua família e percebendo que também carrega a força que elas têm. Como se fosse algo inato.

Simbólico, pesado. Em alguns minutos, a leveza nos fazia rir. As brincadeiras, interações, intenções. Logo em seguida, mais um assunto sério, necessitado de outras perspectivas. O contraste, de início, confunde. Depois faz muito sentido.

(Me senti acolhida quando falaste de Iemanjá. Deu vontade de chorar, mas de alegria.)

Talvez essa crítica seja longa. E se eu terminar por aqui?

Enfim, é isso. Espero que minhas palavras te acolham da mesma forma que sua performance me acolheu.

Com carinho,

Maria Luísa.

4 de setembro de 2024.

[1] Graduanda de Licenciatura em Teatro / UFPA.

Ficha Técnica:

Pegadas de uma Ilhéu

Solo teatral de Mayara Ataíde

Processo Criativo desenvolvido no GITA

Grupo de Investigação do Treinamento Psicofísico do Atuante

Direção:

Edson Fernando

Dramaturgia:

Edson Fernando e Mayara Ataíde

Encenação:

Edson Fernando

Consultoria de Visualidade:

Aníbal Pacha

Poesia:

Babi Mazzo