Ato de Mayara Ataíde – Por Maria Luísa Rodrigues
Montagem Teatral: "Pegadas de um Ilhéu"
Montagem: GITA – Grupo
de Investigação do Treinamento do Atuante.
Maria Luísa Rodrigues[1]
Prezada Mayara,
Primeiramente, devo dizer que me sinto honrada ao saber que conheci um pouco do seu trabalho! Em trinta minutos, fostes gigante em performance e em toda a construção do espetáculo. Espero poder ver mais do seu talento algum dia.
As águas de sua peça me lembraram um trecho de "Dejà-Vu Frenesi", da cantora Letrux. "Todo corpo tem água".
Nós somos água. Mudamos, sentimos. Da calma de um rio até a turbulência de uma correnteza. "Pegadas de um Ilhéu" retratou a inconstância com fidelidade.
Eu, uma garota que cresceu na capital, pude entender como é estar em Outeiro. Mais do que isso, pude imaginar os desafios de ser mulher naquelas circunstâncias.
Você, tão nova, lidando com responsabilidades. Observando as mulheres de sua família e percebendo que também carrega a força que elas têm. Como se fosse algo inato.
Simbólico, pesado. Em alguns minutos, a leveza nos fazia rir. As brincadeiras, interações, intenções. Logo em seguida, mais um assunto sério, necessitado de outras perspectivas. O contraste, de início, confunde. Depois faz muito sentido.
(Me senti acolhida quando falaste de Iemanjá. Deu vontade de chorar, mas de alegria.)
Talvez essa crítica seja longa. E se eu terminar por aqui?
Enfim, é isso. Espero que minhas palavras te acolham da mesma forma que sua performance me acolheu.
Com carinho,
Maria Luísa.
4 de setembro de 2024.
[1] Graduanda de Licenciatura em
Teatro / UFPA.
Ficha Técnica:
Pegadas de uma Ilhéu
Solo teatral de Mayara Ataíde
Processo Criativo desenvolvido no GITA
Grupo de Investigação do Treinamento Psicofísico do Atuante
Direção:
Edson Fernando
Dramaturgia:
Edson Fernando e Mayara Ataíde
Encenação:
Edson Fernando
Consultoria de Visualidade:
Aníbal Pacha
Poesia:
Babi Mazzo