Désir, désir et plus de désir – Por Murillo Olegario
Montagem teatral: Um Bonde Chamado Desejo
Montagem: Montagem
das turmas do 1º Ano dos cursos técnicos de Ator, Figurino e Cenografia da
Escola de Teatro e Dança da UFPA.
Murillo Ferreira[1]
Désir, désir et plus de désir. Odésir da vontade, do querer, do aspirar, sentir a apetência, saciar um gosto, de objetos materiais, sexual, recordações vividas que foram agradáveis, da loucura. O meu désir vem da natureza humana, me move como motores pulsantes, tornando-me uma mulher ativa satisfazendo a minha vontade, a sua, as nossas.
Não me abandone
Precisamos esquecer
Tudo pode ser esquecido
Que já tenha passado
Esquecer os tempos
De mal-entendidos
E o tempo perdido
Tentando entender
Esquecer essas horas
Que às vezes matavam
Com golpes de "porquê?"
O coração de felicidade
Se ele fica fiel no meu casamento não é porque faz por desejo, mas por vontade. Aquela sede de outras mulheres não foram embora, elas chegam fortes com o tempo. Os seus amigos todos escondem os seus desejos pelas mulheres tão mórbidos que ficam apenas ocupando um espaço. O seu olhar Stanley, é como um animal em uma jaula, a jaula da sua vontade, do seu desejo, e até que momento essa jaula pode ser confiável? GRITO!... GRITO!... GRITO! Por que só faz isso? Será que é para sustentar a masculinidade dentro da casa, ou por ter medo de ser abandonado e ficar sem terras para deitar seu corpo sujo e nojento de bebidas e cigarros. Não é assim que vai conseguir. Opa! Quis dizer: não conseguiu.
Eu lhe darei
As pérolas da chuva
Vindas de países
Onde não chove
Escavarei a terra
Mesmo após a minha morte
Para cobrir teu corpo
De ouro e de luz
Eu farei um reino
Onde o amor será rei
Onde o amor será lei
E você será rainha
Os trilhos para a alegria tendem compreender o significado de esperar, permitindo que o caminho consiga selecionar os desejos. Quando a pessoa menos deseja algo, ela consegue ser mais feliz. Minha irmã - Stella Kowalski é assim, a cada dia o seu marido limita o seu desejo, porém vejo que a cada dia, mesmo ela sendo pobre e impossível que possa realizar seu désir, consegue tranquilamente exibir os seus desejos maiores nos pequenos gestos de etiqueta, no seu olhar vazio de dores marcadas pelos trilhos da vida, pelo sorriso de canto de olho me dizendo: "Tudo vai passar". GRITOS! RISOS! Que não preenche a sua casa, mas atravessa os meus desejos. Onde o prazer dela é fazer com que o outro se sinta bem em qualquer cenário frio ou sombrio... Parabéns minha irmã, o seu silêncio conduz sua fé.
Não me abandone
Eu inventarei
Palavras sem sentido
Que você entenderá
Eu te falarei
Sobre esses amantes
Que viram duas vezes
Seus corações se incendiarem
Eu te contarei
A história desse rei
Morto por não poder
Lhe reencontrar [2]
Aos meus dezesseis anos fiz uma grande descoberta, o amor. Confesso que sempre sonho com você, acontece tão de repente, se transforma, por minutos meus olhos se enchem de desejos, sinto o perfume que está gravado em meu corpo, posso dizer que até voltei a te amar. E de repente em um suspiro, você diz: "Não posso ficar nem mais um minuto com você, sinto muito amor, mais não pode ser... Sou filho único, tenho minha casa para olhar...". Vou deixar que todos os meus desejos sobre você morram lentamente diante dos teus olhos doces, pois nada poderei lhe oferecer, se não for mágoas de ver a exaustão corroendo meu rosto. Stanley eu só queria désir. Que a mesma força do seu corpo sobre o meu medo, o seu suor escorrendo em minha boca, como um homem bebendo água salgada no mar, onde não cessa sua sede, mas aumenta, a metade do meu corpo gritando e a outra morrendo não me impossibilite de realizar os meus desejos...
Vivo, ou finjo viver.
Digo, oculto o falar.
Não sinto e quando sinto, já se foi o desejo de amar.
Sofro, e como sofro em perdoar.
Não sei se daqui á duas horas estarei nesse mundo, não sei.
Sei que viajarei oculto dos sentimentos meus...
E nessa viajem encontrarei nos braços da paz o sincero adeus. [3]
Eu não quero realidade. Eu quero mágica... eu não digo a verdade, eu digo o que deveria ser verdade.
5 de fevereiro de 2018.
[1] Ator, graduando em
Licenciatura em Teatro.
[2] Livre tradução para Ne me Quittepas, de Jacques Brel.
[3] Vivo, ou finjo viver - poema de Daniel P.Santos.
Montagem teatral:
Um bonde chamado desejo
Dramaturgia de Tennessee Williams
Direção:
Claudio Didimano e Karine Jansen
Encenação:
Karine Jansen.
Elenco:
Blanche Dubois - Lays Portela e Mariane Malato
Stella Dubois - Ana Corrêa, Damise Vanessah e Mariana Mothy
Stanley Kowalski - Diego Leal e Filipe Marques
Mitch - Andrew Monteiro, Angelo Garcia e Athos Brenno
Eunice - Assucena Pereira e Penélope Lima
Steve - Ronald Lima e Igor Juan
Pablo - Augusto Neves e Jordan Navegantes
Mulher negra - Kárita Almeida e Lila Moura
Médico - Caio Cezar Dias
Enfermeira - Diana Lins e Vanessa Farias
Jovem cobrador - Hugo Corrêa
Mulher mexicana - Eduarda Mebarak e Rosilene Alves
Preparação Corporal:
Cláudio Didimano
Artes do espetáculo:
Diana Lins e Lays Portela
Arte gráfica:
Diana Lins e gráfica Lima
Divulgação:
Ana Corrêa, Assucena Pereira, Athos Brenno, Caio Cezar Dias, Diana Lins, Eduarda Mebarak e Penélope Lima.
Produção de teaser:
Diego Leal, Jordan Navegantes, Kárita Almeida e Lays Portela.
Fotografia:
Jordan Navegantes, Kárita Almeida, Lays Portela e Rhero Lopes.
Assessoria de imprensa:
Assucena Pereira, Jordan Navegantes e Mariane Malato.
Produção:
Turma do 1º ano do curso técnico em teatro.
Coordenação de figurino e cenografia:
Ézia Neves.
Figurino:
Daniel Gomes, Diogo Richier e Ivana Rezende.
Assistentes de figurino:
Claudete Lobato, Daniella Pinheiro, Nanan Falcão e Roseli Feitosa.
Cenografia:
Ruan Ribeiro, Sabrina Pena e Waldir Lisboa.
Assistentes de cenografia:
Breno Paixão e Camila Sousa.
Sonoplastia:
Demi Araújo e Renan Coelho.
Iluminação:
Breno William Paixão da Silva, Camila Soares de Sousa e Waldir Lisboa.
Realização:
Escola de Teatro
e Dança da UFPA (ETDUFPA).